segunda-feira

O perseguia faminta por todos os sonhos, os instantes guardados para os devaneios só seus eram sagrados e nem ao telefone atendia para não interromper um encontro imaginado. Era sempre ele brilhando no infinito, distante e atraente como uma estrela, visto não naquilo que era mas naquilo que anteviam seus desejos, as aspirações confusas pela sua porra e a voz que ela imaginava, as palavras e gestos que ela lhe dava para compor o desenho da sua pessoa intangível, tudo se resumindo num pau generoso a cuspir o fogo branco, nela, para ela, por cima e dentro dela.


Essa história durou meses, até que começou a incomodá-la, tinha medo de obsessões, dependência, fixação. Conheceu Roseli-dedos-de-anjo e parou de comer queijo brie. Ainda sonha com a porra-cometa-líquido, mas agora é sem querer.

Nenhum comentário: